sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O sonho

Era uma tarde e tinha acabado de chover. O cheiro de terra molhada sempre me fascinou. Saí de casa, e, sem que ninguém visse comecei a correr pelo jardim descontroladamente. Rodopiava e girava, e corria... Ia de árvore em árvore, de flor em flor. De repente me veio uma idéia malígna à cabeça. Minha avó sempre teve muito ciúme de suas rosas, vermelho-escuro como sangue. Não havia quem ousasse se aproximar do tal canteiro, eram sagradas. Pois bem, invadi o canteiro. Abri o zíper e comecei a fazer xixi, rodopiando, molhando todas as rosas com fartura. Podia sentir o alívio de tal ato. Foi assim que com 23 anos eu fiz xixi na cama e acordei molhado dos pés à cabeça!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Hosptalidade Mineira

Quem acha que todo mineiro é hospitaleiro não conhece minha família. Não digo minha avó e minhas tias, porque estas sempre fizeram o que podiam e que não podiam pra receber bem quem quer que fosse. Porém, nem todos são assim. Tinha uma tia que andava com a chave do guarda-comida pendurada no pescoço. Guarda-comida, pra quem não sabe, é um gabinete que se tem na dispensa onde se guarda os mantimentos e a comida pronta, algo que entrou em desuso já que até na roça todo mundo já tem geladeira. Onde quer que ela fosse, a bendita da chave tava lá firme e forte. Já tinha outra que ao fazer a comida, comia primeiro e depois, quando já satisfeita, tacava água no feijão e só então chamava o marido e os filhos pra comer. Mas o melhor mesmo era a tia, qua aqui chamarei de Maria pra não levantar suspeitas. Essa, enquanto as visitas não iam embora, se recusava mesmo a tomar água pra não ter que oferecer nada a ninguém. 
Sabendo disso, meus primos sacanas resolveram armar uma pra cima dela, observaram-na por dias e resolveram visitá-la bem na hora do almoço. Esperaram e, quando ela estava botando a toalha na mesa, entraram na cozinha:
_Aí, tia Maria! Chegamos na hora boa, hein?
Eis que ela, no sacudir da toalha, nem pestanejou:
_ Nada, meninos. Estou acabando de tirar a mesa do almoço. Chegaram atrasados.

sábado, 25 de outubro de 2008

Como age o destino

Acho que era novembro, não me lembro bem. Estava sentado com minha avó na varanda quando ele chegou cambaleante e parou na nossa frente. Fingi que ele não estava ali, me aconcheguei no colo da mãe-vó e a abracei.
_ Pode debochar da minha cara, viadinho.
Por um momento achei que não fosse comigo, mas logo senti algo com uma força descomunal me puxar pela camisa. Consegui, como que por milagre, me desvencilhar daquelas mãos. Minha avó se levantou assustada e logo estavam todos na cozinha.
_ Ele é um fresco, uma bicha. Fica tirando sarro da minha cara, mas daqui ele não sai vivo hoje!
Gelei, porque aquilo era mesmo comigo. Corri pro meu quarto e fechei a porta. Enquanto ele tentava arrombá-la eu pulei pela janela. Fui em direção à casa de meu tio que era perto. Quando vi, ele estava atrás de mim. Não haviam conseguido conter sua força, mesmo estando bêbado. Gritei por meu tio que apareceu e já se deu conta do que estava acontencendo. Abriu a porta e mandou eu sair pelos fundos. Os dois se pegaram e já correndo pra longe, me disseram q ele estava com uma faca. Voltei em direção à minha casa, porém dessa vez passei direto. Corria muito, como nunca havia feito antes. O lugar pra onde queira ir ficava a 3km dali,  os pés que já estavam sem as sandálias doíam, mas eu não parava. Passei pelo meio do arraial, sujo, descalço e suado de tanto correr. Pessoas me olhando com cara de espanto. Achei refúgio. 
A casa da tia Fulô era o lugar mais seguro, todos respeitavam sua velhice e sua candura. Fiquei trancado ali, que desde então passou a ser minha casa. Não o vi mais, por um bom tempo, andava com medo pra ir pra escola e pra voltar pra casa. Tomou-se a decisão. O menino tem que ir pra São Paulo. E foi assim que vim parar aqui.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sobre a origem das coisas

Todo sítio do interior de Minas, pelo menos antigamente era assim, tem uma vala por onde se escoa o esgoto que fica a uns 10 metros da casa. Sempre eu via minha avó se esgueirar por perto daquela vala e cortar uns matinhos verdes que a circundavam. Um dia, eu a segui pra saber que tal matinho era esse. Fiquei chocado, mas ela prometeu uma surra caso eu revelasse.
Hora do almoço, tínhamos visitas em casa. Todo mundo comendo, elogiando a comida. Uma amiga da casa notou que eu não queria comer, e estava emburrado.
_ Charlesinho, você não vai comer não? O agrião tá tão gostoso!
_Eu não! Sabe de onde vem esse agrião? Da vala de bosta!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cheiros e gostos de uma vida

Eu moro em São Paulo há 12 anos, porém sou do interior de Minas Gerais. Fui criado na zona rural de uma cidadezinha chamada Barbacena, que já não é mais tão cidadezinha. E uma das coisas que me fazem pensar nessa época, são os cheiros e gostos que ficaram em minha memória.
Me lembro que acordava cedo, com o galo cantando e Zé Bétio no rádio. Dormia com minha avó, coisa que fiz até os 13 anos de idade, sem vergonha nenhuma, porque ela dormia em quarto separado do meu avô e eu era a costelinha dela, como ela me chamava. Fui criado por ela, e até hoje a chamo de mãe, coisa que minha mãe de verdade não deve gostar muito. Ela levantava assim que o galo cantava, acendia o fogão  a lenha e fazia aquele café cujo cheiro entrava pelos quartos e dizia a todos que era hora de levantar. E o gosto, aquel café tinha gosto de agradecimento, por estar de pé mais um dia pra apreciar a vida. Depois era hora de ir pra escola.
Quando eu voltava da escola, meu prato estava lá no cantinho do fogão me esperando. A mãe me olhava, vigiando eu comer aquele prato que tinha gosto de todo o amor que ela sempre teve por mim, mesmo com seus rompantes de raiva e as surras que me dava, muitas vezes merecidas.
A tarde não demorava a chegar, junto com ela vinha o cheirinho da broa de fubá, com o gosto do descanso de estar trabalhando o dia todo. Dificilmente jantávamos, mas tinha o leite com gosto e cheiro de chocolate, que trazia consigo o conforto da cama e o descanso... Eram esses os gostos que nenhum chef jamais ousou reproduzir, que ficaram ra trás e só eu os saberei.
Porémum dia, ao chegar em casa pro almoço, vejo minha mãe chorando enquanto fazia a comida, coisa que geralmente acontecia mais cedo. Fiquei observando sem perguntar o por quê. Enquanto ficava ali, sem saber o que fazer, sofrendo junto com minha mãezinha, notei que lágrimas discretas caíam de seu rosto e uma delas caiu, sem que ela percebesse, dentro da panela de feijão. Não falei nada... Na hora de comer, pensei em recusar o feijão, com um pouco de nojo. Mas ao olhar o carinho com que ela preparava o prato eu não tive coragem de recusar. Mas foi nesse dia que eu senti, pela primeira vez, o gosto da tristeza.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre o banho

Alguns se assustam quando eu falo que eu não tomo banho todos os dias. Acham que eu não gosto de tomar banho. Me chamam de porco e outras coisas que não publicarei aqui sob o risco de denegrir minha imagem. Mas  eu pergunto a vocês. Qual é o problema de eu não tomar banho todos os dias? Vou além. Quem disse que é necessário tomar banho todos os dias?
Aprendam comigo uma coisa, prestem atenção no tio Charlie. Tomar banho todos os dias não faz de ninguém uma pessoa limpa. Conheço muita gente que toma banho a cada quatro horas, mas não lava as mãos quando sai do banheiro, e há também pessoas capazes das piores nojeiras que são aparenteente limpas.
Gosto de tomar banho. Quando entro no banheiro com tempo chego a ficar meia hora ou mais. Porém, eu tomo banho por necessidade e não por obrigação.  Quem já passou um tempo comigo e/ou dormiu junto comigo na mesma cama sabe que eu sou uma pessoa limpíssima e muito cheirosa. Ando sempre com meu desodorante em dia e com lenços umedecidos na bolsa.
Mas aí perguntam, e se der vontade de fazer o número 2? Lenços umedecidos e aí sim, ao chegar em casa ou se já estiver nela, uma ducha imediata.
Por que esse assunto agora? Simples. Aqui em São Paulo tá fazendo 36º, coisa q dificilmente se vê. E, contrariando os meus princípios, estou prestes a tomar o segundo banho hoje. Sendo que ontem eu já tomei 3. Ou seja, que ninguém mais venha me chamar de porco, porque só nesses dias de calor eu tomei todos os banhos que "pulei" o inverno inteiro. É só!

domingo, 12 de outubro de 2008

These are the thoughts

Depois de uma semana tentando organizar meus pensamentos, hoje eu resolvi escrever. Foram dias muito atribulados e importantes, não pelos fatos em si, mas pelo que eles causaram em minha vida.
Na segunda-feira, acabando de sair da primeira aula, recebi a notícia que meu avô tinha falecido. Reagi com tranquilidade por dois motivos. Primeiro que eu sei que ninguém é eterno e meu avô doente com 87 anos não seria o primeiro a sê-lo, ainda mais depois de dois derrames. Segundo, poque meu avô nunca foi uma pessoa presente na minha vida, por N fatores que não cabem ser enumerados, e que ele descanse em paz. Enfim, como família é família e minha avó, que me criou, é também minha mãe, resolvi ir pra Minas pra dar uma força. Sentei ao computador, escrevi meia duzia de e-mails, cancelei três ou quatro aulas e rumei pra Minas com minha mãe (a biológica) e minha tia (que chamo carinhosamente em sua ausência de Estrupício). Viagem chata, com tempo chuvoso, interminável e exaustiva. Depois de mais de 10 horas na estrada por não acharmos ônibus que fosse direto chegamos em casa. Era tarde da noite, a casa aberta e meu avõ, que era negro, parecendo um preto-velho com seu terno branco em um caixão envolto em crisântemos brancos e amarelos. Nunca entendi porque os defuntos têm que ser mergulhados em uma piscina de flores, só com a cabeça, o peito e as mãos pra fora. Parece que o resto do corpo não está ali, acho meio bizarro. Uma noite sem dormir, velando o defunto à moda caipira.
O velório à moda caipira é assim. O morto fica na sala de visitas, com uma carola e umas rezadeiras que de tempos em tempos encomendam a alma com um terço. Os quartos viram local de domínio público, qualquer um que esteja na casa, seja ou não seja da família larga o seu esqueleto onde bem entende e puxa o ronco ali mesmo. Em uma outra sala, ficam os mais sérios, lembrando as aventuras do morto, e dizendo o quanto ele era bom e querido e etc. Nas cozinhas, porque as casas mineiras mais modernas têm uma cozinha a lenha e uma cozinha a gás, fica a parte mais animada, com os mais jovens que falam merda, contam piada, riem e de tempos em tempos recebem ali os mais tristes, incuindo a viúva e parentes mais próximos, para levantar o astral da galera. Nesse local também se encontram os quitutes que são: torradas, bolinho de chuva, broa de milho, bolo de fubá e o famoso pão com mortadela que não pode faltar. Eventualmente toma-se uma lambada de pinga e muito, mas muito café.
No outro dia de manhã, após dormir apenas uma hora, começaram a chegar os outros parentes, inculsive dentre eles uma mulher com uma peruca de cabelo de boneca que, confesso, me causou medo. Gente que nunca víamos, principalmente eu que moro em São Paulo, iam chegando, abraçando e cumprimentando... Enfim... Tava tudo ficando cansativo, quando chegou a hora de fechar o caixão.
Chegou o carro da funerária, que trouxe também um ônibus pra levar geral pro cemitério, e desse carro desce uma mulher com uma capa de lã escura e cabelos escovados à moda boneca que tinha a voz aguda como uma gralha. Era a Ministra de Cristo. A mulher encomendou oficialmente a alma e entoou um cântico que só ela sabia. Todo mundo só canta o "Segura na mão de Deus e vai", mas dessa vez o show foi solo. A gralha cantou, fez uma piadinha que eu não lembro, mas sei que foi de mau-gosto e começaram a tampar o caixão. Nessa hora, minha tia, que mora em Minas, que também é minha madrinha, começou a chorar, como eu nunca havia visto ela fazer e não segurei. Chorei tanto que desisti de ir ao cemitério. Fiquei em casa com a minha avó. Lição número 1, compartilhar a dor alheia faz com que ela seja mais fácil de suportar.
Passei o resto de dia em Minas, e à noite, ainda sem dormir viajei sozinho pra São Paulo, onde cheguei às seis da manhã do outro dia, passei em casa e fui direto pro trabalho.
Chegando em casa, me preparando pra dormir, não resisti e entrei na internet, pois tava morrendo de saudade de umas pessoas, ou seria uma pessoa? Enfim... E encontrei o post abaixo, que foi a outra lição da semana. Não importa o quanto você sofra ou se sinta mal, sempre vai estar por perto uma pessoa que te ama muito, independente do que você faça e de onde ela esteja. E vi que você, Ravel ( sei que você está lendo), é muito mais que um amigo e qualquer outra coisa que possam achar. Não tenho como definir o que você tem representado pra mim nos últimos meses, porque como não havia outro assim antes de você ainda não inventaram a palavra. Obrigado por tudo. Pelas conversas, pelas broncas, pelas palavras de carinho, pelo ombro-amigo via embratel e saiba que não há nada que eu faça, nem dinheiro algum que possa retribuir o que você tem feito por mim. Te amo, magrelo!
É isso que eu queria dizer, Não vou reler porquê tenho certeza q o texto ficou meio desconexo!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Com todo o meu coração!

É meia noite e cinquenta. Eu descobrir desde ontem e hoje constatei que não sei mais o que é internet sem você online, as horas parecem não passar e não se tem muita coisa para fazer, tudo parece limitado, bloqueado.
Des de o dia em que você viajou me senti tão sozinho, pois você, hoje, é meu único amigo aqui em Ilhéus. Sim, meu amigo de Ilhéus. Você está comigo a todo tempo e sinto a sua presença onde eu ando, por mais que eu só fale com vc algumas horas por dia, mas sei que se eu quiser correr chorando pra alguém [sim, não sou tão durão quanto pareço], vcalí do meu lado e por mais que pareça ser mais frágil do que eu, não é. Eu que sempre desisto das coisas, que ligo chorando, que deito triste e que acordo indisposto. Você não! Você tá alí, firme e forte, chorando com meia dúzias de palavras bobas, mas não entrega nenhum dos pontos, ao contrário de mim que jogo tudo para o ar.
Espero que sua viagem tenha sido boa, sei que nessas condições não poderiam ser, mas desejo que tenha sido boa no que ela poderia ter lhe oferecido de bom.
Algumas pessoas acham que somos namoradinhos de internet, ou que temos uma paixão virtual um pelo outro, mas mal sabem eles que o que temos é mais do que qualquer namoro. Os namoros são limitados. Namorados não falam dos seus desejos mais profundos, a maioria dos namorados não admitem seus medos e nem debatem sobre como vêem outras pessoas e nós fazemos tudo isso. Somos amigos, amantes, irmãos, namorados, vizinhos e qualquer outra denominação positiva que se possa dá para duas pessoas ou talvez uma só. Estamos começando a desenvolver a arte de entender o que o outro sente pelo timbre de voz ou até mesmo a forma que se responde no msn, olha que o msn é uma das formas mais frias de comunicação [mas é o que temos em nossa disposição e nos viramos muito bem com ele], então podemos dizer que se sentes o que sinto somos um?
Eu acho que nunca te agradeci tudo que você tem feito por mim como eu devo agradecer. NINGUÉM no mundo sabe o quanto vc me ajuda em todo e qualquer sentido de minha [atual] vida. Então estou aqui para humildemente agradecer todos os bons atos que tem oferecido a mim. Obrigado! De coração. Espero que eu esteja um dia a sua altura e possa ser uma pessoa tão boa quanto é, conseguindo retribuir todo gesto de carinho. 
Sou uma pessoa que não sabe muito falar dos sentimentos e talvez não saiba nem os sentir direito, então vim aqui espremer o que meus dedos conseguissem digitar.

Então encerro aqui pois acho que já contribuir o bastante para a empresa de lenços de papel a uma altura dessa do post.

Te amo meu irmão. Obrigado por tá do meu lado em [mais] uma época complicada de minha vida.

De uma pessoa que todos os dias quando coloca a cabeça no travesseiro reza pra você ficar rico e me bancar por você e agradece a Deus por ter os melhores amigos que poderiam ser oferecidos à mim.
Ravel.



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Experimentações II

Dia de chuva, a pessoa em casa sem ter muito o que fazer começa a pensar. E gente como eu é assim, começou a pensar... FODEU! Foi exatamente o que aconteceu quando eu tinha uns 19 anos e já morava aqui em São Paulo. Em um desses dias de chuva, pra não pensar merda, peguei uma revista pra ler. Eis que me deparo com um texto do Veríssimo em que ele narra o dia em que ele experimentou um absorvente higiênico. Pensei "Será?" Fui até o armário da minha mãe e chequei, tinha com aba, sem aba, com flocgel, sem flocgel... Peguei o mais bonito! Na hora de colocar, eu me lembro que foi muito difícil, porque vc tem que tirar a proteção do adesivo e lembrar de grudar imediatamente na calc... cue... o que quer que você esteja usando.  Estraguei uns 3, porque uma vez que o adesivo gruda no plástico, nunca mais sai. Coloquei uma bermuda, andei pelo quarto... Pulei, sacudi e dei umas corridinhas pelo quarto. Não caiu. Humm... Acho que vou na rua, pra ver como é. Se Veríssimo pode, eu também posso. Ponho minhas havaianas e vou pro mercado. É impressionante como as pessoas sabem olhar diretamente na sua cara quando você está se sentindo desconfortável. E andar com as pernas entreabertas não é das tarefas mais fáceis do mundo. Mulher mesntruada anda de salto? Enfim... Com a elegância de um ganso com dor no cóccix eu fui caminhando por entre as prateleiras. Vou andando aqui, vendo um chocolatinho, pesquisando preço quando de repente escuto um barulho: "Pluft". Uma senhora do lado,que devia ter uns 142 anos, abriu a boca com olhar de descrença, olhou pro chão e olhou pra minha cara escarlate. Me escondi atrás da primeira gõndola e, como quem nada quer, larguei as compras em um canto qualquer. Menos de 5 minutos depois estava em casa, esbaforido. Parabéns Veríssimo! Tu é muito macho!