domingo, 28 de setembro de 2008

Experimentações!

Eu tenho um sério problema com meus impulsos. Eu os sigo. Basta eu botar na cabela que vou fazer uma coisa eu vou e faço. E nem sempre isso resulta em algo bom. Desde criança sempre fui doido pra trabalhar em circo, essas coisas. Achava incríevel ter habilidades tais como cospir fogo, andar de perna-de-pau, "balangar" no trapézio, coisas assim... O trapézio que monteino abacateiro do sítio de minha avó, onde morei atpe os 16 anos, me deu um tombo que quase quebro o pescoço. Além disso, minha avó batia na gente quando a gente se machucava, pra aprender a não se machucar mais. Anos mais tarde, tentei a perna-de-pau, outro tombo e outra coça bem dada. Parei com as minhas tentativas de ser um saltimbanco. Aos 17 anos, já aqui em Sampa, fui testar minha habilidade na pirofagia, não tem nada a ver com engolir pirocas, é engolir fogo- ou cuspir! Estava ligeiramente alcoolizado, o que quase fez de mim uma tocha humana. Peguei o vidro de álcool Zulu, enchi um copo e abocanhei o máximo que podia. Acendi um troço qualquer, apaguei a luz e dei uma "guspida" o fogo pegou no álcool, e pulou na cortina de poliéster da cozinha, que instanataneamente virou uma massa disforme pendurada num pau. Um dia, aí já com uns 20 anos, também meio embriagado, queria saber asensação de se andar nu pelas ruas. Acho q foi porque tinha acabado de ver aquele filme com o Cláudio Marzo, se não me engano. Morava na zona leste na época. Pegeuei um casacão, tirei toda a roupa e joguei o casaco por cima. Desci com o casaco e um par de havaianas. Devia ser umas duas da manhã. Cheguei no ponto do ônibus da Av. Sapopemba, emfrente às Casas Bahia do Grimaldi, depoistei o casaco lá e, cheio de coragem, dei uma corrida em ziguezague até a entrada do Wall-mart, com o pinto chicoteando a virilha. Não sei se a aventura me cegou, mas não me lembro de ninguém ter visto a cena. Voltei correndo pra casa e quase esqueço o casaco no ponto do ônibus. Dormi como um bebê naqquela noite, coberto com o tal casaco e com a sensação de missão cumprida!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ADHD strikes again!

Foda, às vezes queria fazer um tratamento pro meu TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Faço umas coisas qe acho que nenhum ser humano é capaz.
Ontem, como estou numa relação meio complicada com minha mãe resolvi sair com ela. No meio do caminho, senti que algo estava desconfortável, senti um lado meu mais umedecido que o outro... Pois sim, passei desodorante duas vezes de um lado só! Nada demais, só tive que evitar andar muito rápido e tal, e ainda bem que nem tava frio.
Porém, a coisa tem ficado grave, a ponto de eu não entender uma simples receita. Estava eu em casa, quando Ravel enfia na cabeça de fazer o bolo de caneca que el viu no blog do Clayton. Como eu tenho a alma (e agora o corpo) de gordo, resolvi fazer. Pois bem... Fiz direitinho, mas na hora que o microondas apitou, uma fumaça do caralho. O bolo ficou preto no meio e duro que nem um pau. Beleza, achei que era por eu ter colocado uma colher amais de farinha porque não tinha chocolate em pó. Ontem, com fome às 11 da noite, falo de novo com Ravel:
_ Meu, vou tentar fazer o bolo de novo!
_Tentar? Da outra vez não conseguiu?
_Não, lembra que eu falei que queimou. Dessa vez, em vez de 10 minutos, vou por só 8 e na potência 7.
_o.O! Não é pra por 3 minutos?
_Ah é? Eita, agora eu descobri porque o meu queimou!

sábado, 20 de setembro de 2008

Pra que essa cara tão esticada, vovozinha?


O que aconteceram com as vovozinhas de antigamente?
Estava andando outro dia em um shopping center e vi que praticamente não existem mais mulheres com cara de senhoras como antigamente. Ontem mesmo, pela manhã, fui dar minha aula de inglês na Faria Lima, quando ao entrar no elevador veio uma senhora sorrindo em minha direção. Achei estranho, nunca tinha visto essa senhora em lugar algum, mas sorri de volta. Quando ela chegou perto eu vi com espanto que aquilo não era um sorriso. A cara da mulher tava repuxada, uma coisa bizarríssima, em lembrando a Carmelita Baruerink da Vega, personagem da Graziella Moretto. 
Tenho muitas amigas que não aparentam a idade que têm, mas não se vê nada artificial nelas. Acho que cada qual tem que fazer o que tem vontade pra ficar bonito, mas não precisa se descaracterizar. Mas as vovós paulistanas estão cada vez mais salientes, e querem competir com as filhas os elogios dos "rapagões" que elas encontram nas ruas. O mais foda porém, é a cara novinha com aquela mão de Moon-ha e o pescoço de peru. Queria andar na rua e encontrar mais senhorinhas de vestidinhos com cabelo azul e twin-set de lã. Porém, acho mesmo que o Lobo Mau comeu a vovozinha, e as que sobraram querem se fantasiar de obras do Madame Tussaud.
Ou então, elas pegam a roupa da própria netinha e saem por aí, pregando peças nos incautos!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lágrimas de um amigo...

Queria ter o poder de poupar meus amigos da dor. Da pior de todas as dores, daque vem de dentro, da dor do sofrimento, da angústia...
Minha relação com a dor é antiga. Dor física é algo que, dependendo da intensidade, pode ser até agradável. Quando pequeno, aprendi a suportar a dor, apanhava e tinha que aguentar calado, senão apanhava mais. Depois da dor vinha a vergonha de ostentar as marcas que ela deixavam sem poder falar nada. Sofri também a dor do preconceito, por ser filho de uma negra que trabalhava em casa de família pra me criar. Em casa, com meus primos, era considerado branco, ridicularizado e sofri também a dor da exclusão. Sofri a dor da perda, de amigos, de entes queridos... Mas a dor de ver quem você ama sofrendo é a pior dor que eu já senti, embora eu tente disfarçar. Tenho vontade de tomá-la para mim, que já me acostumei a sentir seu incômodo toque, seu gosto amargo. Eu que já carreguei a dor na pele, em roxos de diferentes tonalidades...
Mas não sei e não consigo, por mais que eu tente, incorporar a dor de quem sofre ao meu redor...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Enquanto isso, na Sibéria....

Quem me conhece sabe que eu tô passando por uns problemas aqui em casa com um roomate que entrou no meu room e esqueceu que ele tinha que ser mate. Enfim, como eu venho pagando 90% das contas, resolvi ligar na NET pra cancelar a TV a cabo, ou reduzir o pacote de canais. Tarefa fácil!
Depois de passar pelos 385 menus, consegui falar com uma antendente:
_Então, gostaria de cancelar o plano gold da TV e pegar um beeem mais barato. Ou então cancelar de vez a TV a cabo e ficar com só o telefone e a Internet.
_Mas senhor, se cancelar a TV, o senhor sairá do NET combo, então seu valor em vez de diminuir, irá aumentar.
_OK! Então reduz aí meu pacote de canais, e telefone e internet continuam.
_ Mas senhor, o senhor abrirá mão de todos os canais de filmes da HBO e da rede telecine, e mais os canais sportv?
_Sim. Reduz aí!
_Mas senhor, pense bem, são mais de 40 canais que o senhor vai abrir mão, pensa bem. São muitos filmes e programas de televisão que o senhor não verá mais.
_Minha filha, entenda uma coisa: eu trabalho e NÃO tenho tempo pra ver tudo isso, por isso quero cancelar, porque eu pago sozinho uma coisa que eu não aproveito.
_Mas senhor, temos as opções de filmes inéditos pros fins de semana. O senhor abrirá mão disso?
_Sim, se eu quiser ver filme e vou ao cinema, quatro filmes por mês dá 52 reais, mais barato do que o valor que tá a mais e eu estou pagando pra vocês.
_Mas senhor, e se vier uma visita na sua casa?
_Pretendo conversar com ela, não jogar a pessoa no sofá pra ver televisão. É isso que você faz na sua casa?
_Não precisa se alterar, senhor.
_Não estou me alterando, estou falando de um jeito que você entende. Dá pra cancelar?
_Mas senhor, são mais de 10 canais de filme...
_Escuta aqui, moça. Quantos canais você consegue assistir ao mesmo tempo com apenas UM televisor em casa?
_ Apenas um, senhor.
_Deixa esse um e cancela o resto! Pegou?
_Tudo bem senhor, mas o senhor vai estar abrindo mão de nossos ótimos canais de filmes.
_Se você quer tanto que eu veja esses canais, bota eles aí de graça! Tá bom assim?
_Tudo bem, senhor. O cancelamento está sendo feito. Aguarde um momento... Mais um momento... Mais um momento...
_Filha, eu tenho que ir trabalhar, não dá pra você fazer isso sozinha enquanto eu vou? Preciso ficar na linha pra quê? Mandar vibração positiva pra você?
_Faz parte do procedimento, senhor.
_Ok...
_Mais um momento... Mais um momento... Pronto! Obrigado por aguardar. Deseja anotar o protocolo?
_ Pra quê? Essa porra não serve pra nada depois.
_Não precisa se alterar, senhor. Foi apenas uma sugestão e tenha uma boa tarde.
_Ah, vá!

sábado, 13 de setembro de 2008

Sonhos realizados

Quando me mudei pra São Paulo, minha companhia era o rádio e a televisão. Não conhecia nada, não tinha amigos e etc. Nessa época, duas coisas me chamavam a atenção: telojornal Fala Brasil, da Record, e o programa Pânico, da Jovem Pan FM. O primeiro tinha uma moça baixinha de cabelo curtinho chamada Rosana Hermann que, embora dividisse a bancada com outros apresentadores, chamava minha atenção por ser extremanete simpática e pelos comentários que fazia. Fala Brasil começou a ser meu café da manhã! O segundo, tinha Emílio Surita, que com uma inteligência fantástica e humor rápido e afiado, comandava o programa de rádio com outros rádio-humoristas (eu chamo assim). Eu saía da escola e punha meu walkman, sim tenho 30 anos e tive um, na rádio 100,9 e vinha no ônibus rindo que nem um doido até chegar em casa.
Além de serem programas apresentados por essas pessoas que eu já citei, eram completamente diferentes do que eu via TV Globo, única coisa que pega até hoje no sítio da minha avó, e da rádio Sucesso FM de Barbacena, na época também única que tocara ve sertanejo a Heavy metal, procurando agradar a todos os ouvintes independente do gosto musical.
Pois um dia eu pensei assim: "porra, ia ser foda se um dia eu conhecesse esses dois". Ainda mais que depois de um tempo, juntou-se a fome com a vontade de comer e Rosana começou a trabalhar no Pânico, colocando sua inteligência a favor do humor, sem contar que tinha o blog Farofa que digivoluiu para o Querido leitor, que me fez encher o saco do povo com o plástico-bolha virtual, a musiquinha do Pikachu, que hoje anda bombando por aí, mas Rosana já conhece isso de longa data, e também com o tradutor do Mussum, que eu não acho mais.
Enfim... Daí que, como eu já disse aqui antes, eu conheci a Lelê esse ano e sexta ela ia ser entrevistada no Pânico junto com os outros membros do TDUD? (clica no nome dela que entra gostoso). Sabendo disso, eu pensei o quê? Aproveito que Lele vai estar na Paulista, provavelmenta Ana Paula Xavier, já falei dela aqui, vai estar junto. Chamo a Ana pra toamr uns gorós enquato a Lelê dá entrevista e depois a gente almoça tudo junto!
Pois sem saber dessa historinha daí de cima, juro por Deus, Lelê marca de se encontrar com quem? Rosana Hermann! There you go! Fui apresentado à minha comunicóloga favorita, assim, como quem nada quer, em um café na Av. Paulista. Não bastasse isso, ela ainda botou a gente pra dentro da rádio junto com ela e conheci não só Emílio, como quase toda a galera do Pânico, mais a Polly e o Didi, que escrevem o blog junto com ela. Porra... Foi um dos dias mais fodas da minha vida. A começar que Rosana é supersimpática, e aquela vozinha alegre e rouca é uma delícia de se ouvir ao vivo, sem contar o sorriso, que sai do estúdio de TV e a acompanha por aí... E o povo do Pânico, caralho... Tudo mega gente boa e tals...
Enfim... Sem saber, Lelê é minha fada-madrinha. realizou dois sonhos meus em um dia só.
Tipos que ela não deve ter entendido nada, quando depois de tudo ter acabado, eu dei um super abraço nela na hora da gente se despedir e disse "Muito obrigado!"
Pois é... As coisas, quando a gente quer muito, acontecem... E não precisa fazer uso de artifícios pra que elas aconteçam... Acho q as pessoas, por serem elas mesmas, conquistam o mundo. Foi assim que eu conquistei uma das melhores amizades que eu já tive, e ganhei de quebra uma fada-madrinha acidental!
Amo vc, loira!

domingo, 7 de setembro de 2008

Da arte da compreensão

É muito difícil lidar com as pessoas. Nunca ninguém vai chegar com uma fórmula secreta que permite saber o que cada um pensa, por quê cada um age de uma certa forma. E, asim, procurar entender a razão de tudo também é uma tarefa digna de Hércules. A maturidade tem me trazido muitas coisas boas e uma delas, penso eu, é a habilidade que eu tenho pra conviver com tantas pessoas diferentes.
Todos temos defeitos, é a primeira coisa a se levar em consideração. Parece idiota escrever isso, mas temos a tendência a gostar do que é perfeito e quando surge um defeito, desviamos o olhar pra outra qualidade. Encarar os defeitos dos outros é difícil, aceitá-los então... Mas tudo começa dentro de si. Voltando os olhos pra dentro, aceitando as nossas falhas, nos dá um entendimento melhor sobre o indivíduo. Nos colocamos de igual pra igual, vendo que somos todos capazes dos mesmos erros, das mesmas atitudes impensadas.
Analisar e perdoar também é um importante exercício, que eu sempre pratico. Ao estudar as atitudes fica muito mais fácil perdoar. É muito bom entender, compreender e aceitar...
Seres humanos, criaturas difíceis. Seres adoráveis.