sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sobre o meu sonho

Estava no alto de um morro, de onde se via a praia lotada. Era uma festa, como se fosse a virada do ano.  Lá de cima dava pra ver as luzes todas da festa e o som alto fazia com que a gente dançasse. Embora só estivéssemos nós ali, eu e meus primos Júnior e Marcelo, nós controlávamos toda a festa. Eu animava com um microfone e meu primo colocava a música. Gritei ao microfone "O que vocês querem ouvir?" e a multidão enlouquecida respondeu "Kelly Key"! A cantora entrou e descemos para ir até o pé do morro onde a festa estava acontecendo. Era um caminho sinuoso com árvores em toda a volta. 
Chegando lá embaixo, em vez de ficar já com a multidão que dançava ao som de "Baba Baby", decidimos caminhar pela orla. Nessa hora, as pessoas ricas que passeavam de lancha, davam cavalinhos de pau pra jogar água na gente, como fazem esses filhos da puta de carro no ponto do ônibus em dia de chuva. Havia ali um casal gay que passeava com seu cachorro e observava a gente praguejando enquanto as lanchas nos molhavam. Eu era o mais indignado e dizia palavrões impublicáveis. Decidimos sair dali.
Indo para onde estava acontecendo a festa, achamos um vira-latas pardo, preso a uma corrente e decidimos soltar o bichinho. Júnior, por ser o mais alto e mais forte dos primos o fez. O cachorro sumiu e de repente, nosso tio Paulinho, pai do Marcelo, se aproximou pedindo dinheiro. Ele era um anão e tinha quatro dentes visíveis na boca. Fiquei com dó e o peguei no colo, como se fosse um bebê. Marcelo relutava em dar os 7 reais que tinha para o pai, dizendo que ele usaria o dinheiro para comprar cachaça, mas Júnior, que até no sonho tem o coração de ouro, o convenceu a dar o dinheiro. Nessa hora olhamos para o lado e vimos a entrada da área de alimentação da festa. Havia uma barraquinha vendendo três cachorros-quentes e uma latinha de refrigerante por R$1,99. Meu tio desceu do meu colo e correu para a tal da barraca. Como estava muito barato e eu amo cachorro quente, eu decidi ir até lá com os meninos, mas uma mulher, que estava perto da barraca me puxou pelo  braço. Era minha mãe. Ela não dizia nada, só me olhava. Dei um beijo em seu roso e ela continuou lá, imóvel, seu olhar era de orgulho e de admiração, mas ela não dizia nada, apenas me olhava. Acordei.