domingo, 17 de maio de 2009

A mulher santa

Minha mãe trabalhava no Rio de Janeiro, na casa de uma senhora muito alta e peituda chamada D. Hilda. Sempre que ia pra lá nas férias algo me intrigava. D. Hilda se levantava cedinho, ia até a copa, tomava um cálice de vinho e comia uma hóstia. Todo dia esse ritual. Eu, com 5 ou 6 anos na época, ficava admirado, achando que a mulher era santa, porque a hóstia que ela comia era do mesmo tamanho da hóstia do padre, daquelas bitelonas.
Tinha medo de chegar perto dela, achava que ela devia ser meio santa, ou algo parecido. Ela se aproximava e eu procurava ficar bem quietinho, escutando o que ela tinha pra falar, e quando me perguntava algo eu assentia com a cabeça ou forçava um sorriso meio amarelo.
Anos depois, já morando aqui em São Paulo, descobri a fonte da santidade da velhota... A lojinha japonesa! Sim, a tal da hóstia era nada mais nada menos que uma bolacha "sembei" que ela comia junto com o cálice de vinho q ela tomava. A pergunta que não quer calar agora é: Por quê só UMA bolachinha?

5 comentários:

Frávia disse...

bolacha sembei é a minha alegria.

João V!ctor disse...

prefiro bolachinha de nata

Fabi disse...

Pra ficar em forma?
Atóron seus posts...
Beijos

Marcel disse...

Jurava que mineiro falava biscoito e não bolacha! hehe
Bju Cha-Cha

ManuFuji disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk
essa é minha preferida!